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Perspectivas de crescimento e profissionalização da gestão é destaque no 4° Fórum de Reciclagem do RN

6/11/2025   15h53


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A reciclagem tem avançado no Rio Grande do Norte, mas ainda está no início de uma trajetória que tende a contribuir cada vez mais para a sustentabilidade, a geração de empregos, o aumento da arrecadação e a preservação ambiental. Essa é a mensagem do presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem e Descartáveis do Rio Grande do Norte (SINDRECICLA-RN), Etelvino Patrício, durante o pronunciamento realizado na manhã desta quinta-feira (6), que abriu a programação de palestras do 4º Fórum de Reciclagem do Rio Grande do Norte, na Casa da Indústria.

 

A abertura oficial do Fórum ocorreu no início da tarde, com a participação do presidente da FIERN, Roberto Serquiz, e da governadora Fátima Bezerra (Leia reportagem neste portal).

 

Etelvino Patrício fez uma defesa enfática das potencialidades do setor. “É possível sonhar com o momento em que todo resíduo será reciclado e apenas os rejeitos irão para os aterros”, afirmou. “É preciso acreditar que a reciclagem está apenas no começo e que temos a oportunidade de contribuir, cada vez mais, para o desenvolvimento e a sustentabilidade”, acrescentou.

 

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O presidente do SINDRECICLA-RN também alertou para os impactos da Reforma Tributária sobre o setor. Segundo ele, as mudanças propostas exigem atenção das autoridades.

 

“Este evento é uma oportunidade para que gestores públicos conheçam essas repercussões e compreendam a importância de evitar que o segmento seja inviabilizado por alterações tributárias”, defendeu.

 

Patrício ressaltou que a atividade de reciclagem merece maior reconhecimento. “Diariamente, empresas e profissionais do setor atuam na geração de renda e na reutilização de resíduos recicláveis”, observou.

 

O presidente do sindicato defendeu ainda a ampliação das ações de educação ambiental. “Precisamos promover a conscientização não apenas durante o mês de junho, na Semana do Meio Ambiente. É necessário plantar a semente de que devemos impactar cada vez menos o meio ambiente”, afirmou.

 

Ele lembrou que o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, foi o fundador e primeiro presidente do SINDRECICLA-RN. “Foi ele quem idealizou toda essa caminhada”, destacou.

 

Gestão profissional do setor de Reciclagem

 

O primeiro palestrante da 4a edição do Fórum, o empresário e influenciador Paulo Fiuza abordou a importância da profissionalização da gestão das empresas de reciclagem. “Abordo a importância da gestão para os recicladores”, explicou. “Tenho uma empresa de reciclagem, a Fiuza Metais, e percebo que muitas empresas do setor precisam mudar a mentalidade empresarial. O profissionalismo é fundamental”, pontuou.

 

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O palestrante, que é CEO da Fiuza Metais, ressaltou que o sucesso das empresas depende da atenção à gestão, liderança, autonomia e capacitação de pessoas. “É essencial estar atento a esses aspectos para que a empresa de reciclagem cresça de forma sustentável. O negócio da reciclagem é do presente e do futuro, mas exige uma gestão profissionalizada”, reforçou.

 

Com uma trajetória que une experiência executiva no setor do aço e pioneirismo no mercado da reciclagem, Fiuza observou que muitos empresários do setor evoluíram “operacionalmente”, mas ainda enfrentam desafios administrativos.

 

“Há casos de empreendedores que começaram como caminhoneiros, cresceram, ampliaram a frota, adquiriram máquinas, mas mantêm uma gestão centralizadora, o que compromete o crescimento e até a qualidade de vida”, exemplificou.

 

Para ele, a mudança de mentalidade e a adoção de práticas modernas de gestão permitem que as empresas cresçam com mais eficiência e equilíbrio. “Com uma gestão estruturada, o empresário melhora seus resultados e também sua qualidade de vida”, afirmou.

 

O palestrante salientou ainda o potencial do setor no estado. “O Rio Grande do Norte tem grandes recicladores e espaço para novos empreendimentos. Quanto mais empresários interessados na cadeia produtiva, mais materiais deixam de ir para os aterros e passam a gerar emprego, renda e sustentabilidade”, observou. “Transformar resíduos em insumo é o caminho para fortalecer o setor e ampliar o reaproveitamento de forma sustentável”, concluiu Paulo Fiuza.

 

Na manhã desta quinta-feira, os participantes do fórum também acompanharam a palestra de Lívia Santarelli, relato de catadores e debate com palestrantes. A programação da tarde foi aberta com a palestra de Giselle Sakamoto, coordenadora-geral de Economia Verde e de Impacto no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Servidora pública de carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho desde 2007, ela tem uma trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pela promoção de modelos econômicos mais justos e sustentáveis.

 

O evento segue até a sexta-feira (7), na Casa da Indústria, com uma ampla programação com painéis, palestras, que fomenta o debate sobre descarbonizacao e economia circular.


 
 
 

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